segunda-feira, 20 de maio de 2013

FRANCISCO LEITE NETO




Francisco Leite Neto, filho de Silvio César Leite e de Lourença Rollemberg Leite, nasceu em   Riachuelo, em 14 de março de 1907. Estudou as primeiras letras em escolas particulares, em Riachuelo e em Aracaju, fazendo o curso secundário no Colégio Salesiano Nossa Senhora Auxiliadora, passando pelo Colégio Tobias Barreto, e pelo Colégio Antonio Vieira, dos Jesuítas, em Salvador, na Bahia. Permaneceu na Bahia, bacharelando-se na Faculdade de Direito, regressando para Sergipe, fixando-se em Aracaju, onde iniciou sua carreira de advogado e pensador do Direito. Foi diretor da Penitenciária Modelo, construída em 1926, pelo Governo Graccho Cardoso. Em 1933 casou com Alina Carvalho Leite, filha do deputado Carvalho Neto. Foi um dos mais completos e respeitados políticos, líder partidário, articulador e campeão de mandatos. Percorreu as três instâncias legislativas: a Assembleia estadual, a Câmara Federal e o Senado e por onde passou deixou uma marca exemplar, que adorna a sua biografia.Ao longo das atividades públicas, Francisco Leite Neto publicou diversos livros, dentre eles: Política, doutrina e crítica (Bahia: Gráfica Popular, 1933), Sergipe e seus problemas (Rio de Janeiro: Tipografia do Jornal do Comércio, 1937), reunindo os ensaios Sergipe, o Nordeste e o banditismo, Causas do banditismo, A Penitenciária de Sergipe, Menores, abandonados e delinquentes e A liberdade nos Parlamentos, Orações provincianas (Aracaju: Casa Ávila, 1940), reunindo A mocidade e os problemas da economia nacional, Tobias Barreto, jurista e filósofo, O Duque de Caxias e o Dia do Soldado, Estudos e Afirmações (Aracaju: Livraria Regina, 1943), A disseminação das rendas na Constituição de 1946 e Pareceres nas Comissões de Finanças e Orçamento da Câmara dos Deputados – 1948-196. Francisco Leite Neto entrou para a Academia Sergipana de Letras, na Cadeira 23, vaga com a morte de Prado Sampaio, tomando posse em 23 de julho de 1942, sendo recebido no sodalício por Garcia Moreno. Francisco Leite Neto foi, também, orador do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe e faleceu em 10 de dezembro de 1964, aos 57 anos, deixando um exemplo de preparo, liderança, produção intelectual, contribuindo para a história jurídica, política e cultural de Sergipe.

Frases de Leite Neto referindo-se a Tobias Barreto:

"O traço característico do nosso homenageado foi o seu espírito combativo. Lutou enquanto viveu e viveu enquanto pode sustentar a arma, que em sua mão adquirira uma força, sobre temível, admirável: a pena a serviço da verdade, do belo e do bem." (página 15 do livro Orações Provincianas)

"Felizes os que ensinando aos povos mais coisas do que eles podem aprender no momento, são por isso martirizado em nome da ciência e da sabedoria, porque deles será o reino da glória e da imortalidade."