segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

BIOGRAFIA - ANTONIO CARLOS MANGUEIRA VIANA

Antonio Carlos Mangueira Viana nasceu em Aracaju/SE, em 1944.

Contista, tradutor e professor.

Ainda menino, muda-se com a família para o Rio de Janeiro, e cursa o primário na Escola Pública Guatemala. Tenta a carreira diplomática, sem sucesso. Passou pela Psicologia e acabou ensinando Português, Literatura e Redação. Foi depois para Teresópolis. Lá, para complementar o necessário à sobrevivência, vendia cachorro-quente na porta do INPS.

Retornam a Aracaju, em 1955, onde completa os estudos preparatórios. Ingressa, em seguida, no curso de letras com habilitação em francês da Universidade Federal de Sergipe –UFSE, instituição na qual, em 1976, é admitido como professor. Lá coordenou a Oficina de Redação do Departamento de Letras. Desse último trabalho nasce o livro Roteiro de Redação: Lendo e argumentando, da Scipione (participam ainda as professoras Ana Maria Macedo Valença, Denise Porto Cardoso e Sônia Maria Machado).

Chegou a sobreviver fazendo traduções. Sempre estudando, fez mestrado em Teoria Literária, na PUC-RS e doutoramento em Literatura Comparada pela Universidade de Nice, na França.

A estreia no mercado editorial se dá com o livro de contos Brincar de Manja, de 1974.

De 1989 a 1990, participa do grupo responsável pela implementação do curso de pós-graduação em letras da UFSE.

Concilia a produção literária com as atividades de docente até 1995, quando se aposenta na universidade e cria, em Aracaju, um curso de redação preparatório.

Coleciona ainda dois importantes títulos: vencedor do Prêmio Esso de Literatura – 1971 e do II Concurso Nacional de Literatura – 1992, promovido pela Prefeitura Municipal de Garibaldi – RS.

Dono de uma prosa concisa e econômica, sobretudo no que concerne a aspectos formais e de estilo, em geral, de tom seco e preciso. Constrói assim narrativas sem excessos e que versam essencialmente sobre a temática da infância, perda da inocência e morte.

Viana não se considera um “escritor regional”: suas histórias transcorrem tanto no interior nordestino quanto em Paris, reflexo do período em que escritor estudou literatura comparada na França. Sua temática, sombria em princípio, não resvala, no entanto, só para enredos de infelicidade. O que prevalece é a perplexidade quase calma e a poesia discreta dos que se comunicam com poucas palavras e observações precisas.

Livros de sua autoria:

“Cine Privê, “Brincar de Manja”, “Em pleno castigo”, “Aberto está o inferno”, “O meio do mundo” e “O meio do mundo e outros contos”.

Viana também participou de uma antologia de Os melhores contos brasileiros de 1974, em 1975, e da coletânea Os cem melhores contos brasileiros do século (Objetiva –2000), seleção de Ítalo Moriconi.

Fontes:
vendavaldasletras



Biografia de AC Viana, por Landisvalth Lima, em Recanto das Letras

BIOGRAFIA - HORTÊNCIA BARRETO


Hortência Barreto

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Hortência Barreto nasceu em 1954, em Nossa Senhora das Dores, Sergipe[2], filha do comerciante Solon Menezes Barreto e de Darcy de Aráujo Barreto. Com três anos, vai com a família morar em Aracaju, capital do Estado.
Estudou Letras Vernáculas na Universidade Federal de Sergipe e fez pós-graduação em literatura brasileira na UFRJ[3] (1982/1983). Sua formação artística foi no Rio de Janeiro com o artista plástico Bernardii, (1982/1983) e fez modelo vivo com o professor e artista plástico Gianguido Bonfanti no Museu de Arte Moderna e no Parque Lage, entre 1986 e 1987[4].
Começou suas primeiras exposições no Rio, em 1988, na Maria Augusta Galeria de Arte e passou uma temporada na França, entre 1990 e 1991, onde fez seis exposições individuais. Em 1996, faz outra individual em Neauple-le- Vieux[5], nos arredores de Paris, onde reside por três meses.
Retorna a Aracaju e trabalha na Secretaria de Estado da Cultura até 2006. Volta para a Secretaria de Educação, onde trabalha até hoje como professora.
Fez diversas exposições em Aracaju, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza e em Barcelona, Miami, Rhode Island e Vaticano[6][7][8][9][10].
Em 1999, começa sua pesquisa sobre o universo popular nordestino e em 2000, apresenta o primeiro resultado dessa pesquisa na Galeria Marly Faro, no Rio de Janeiro, com o tema das bonecas de pano.
Daí em diante, começa a sua poética memorialista, resgate da sua infância vivida nas portas do sertão sergipano tão cantado, pintado, bordado em verso e prosa nas suas obras.
É através da boneca de pano que ela reverencia o trabalho manual da bordadeira, da costureira, da rendeira e da bonequeira, e conta a maneira de viver e de se vestir de uma comunidade rural antiga. Agrega à sua técnica elementos e texturas que compõem esse universo, em forma de colagens, como rendas, tecidos, chitões, sianinhas e bordados[11].
Constrói objetos e faz vídeos-instalações.
Com essa poética, participou de importantes exposições em São Paulo, como:


·         Palácio dos Bandeirantes - “A Arte que Banha o Nordeste”, ao lado de Aldemir Martins, Francisco Brennand, Vicente do Rego Monteiro, etc - Curadoria de Ana Cristina Carvalho - 2008[13].

·         Centro Cultural do Banco do Brasil de São Paulo - “Era uma vez... A arte conta histórias”, ao lado de Beatriz Milhazes, Leida Catunda, Guto Lacaz, etc - Curadoria de Kátia Canton - 2009[14].

Ilustrou o conto Rapunzel, do livro “Era uma vez os irmãos Grimm” (DCL/ SP), de Kátia Canton – 2006[15].