quarta-feira, 9 de setembro de 2015

POETA SERGIPANO "EZIO DÉDA"‏


 
BIOGRAFIA DE EZIO DÉDA


Natural de Simão Dias -SE, Ezio Déda é arquiteto e escritor. Em 2001, lançou o livro de poemas Árvores de Folhas Caducas,apresentado por Maria Bethânia. Foi coordenador dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e de Design de Interiores da Universidade Tiradentes durante o período 2004\2009,ocupando,atualmente a cátedra de Projeto de Arquitetura. Em 2008,fundou o Ágora Arquitetos Associados. É o arquiteto responsável pelo projeto do Museu da Gente Sergipana, juntamente com a equipe do Àgora. O projeto foi vencedor do Prêmio Nacional "O Melhor da Arquitetura", na categoria restauração. É autor do livro em multimídia A Casa das Ausências, obra que mescla poesia,dramaturgia,desenho e música,contando com as participações de Antônio Abujamra, Jorge Mautner, Maitê Proença, Jorge Versíllo, Teresa Rachel, D. Canô, Arildo Déda, Marcelo Déda, Arttur Déda, e e Expedita Ferreira e Zélia Ducan. Atualmente, exerce a função de Superintendente do Instituto Banese, que possui ações voltadas para a cultura e responsabilidade social . É Conselheiro da Editora do Diário Oficial do Estado de Sergipe.

-SE

Quando chegou a primeira
ausência
Ainda vivia no verdadeiro
tempo das coisas
Cotidiano de minhas esperas
Mas vieram tantas outras
Que aprendi a morar na
antecedência do destino
Eu existi na véspera da vida


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Atrás de toda felicidade
Há sempre um luto em
silêncio
Uma renúncia que acena
ofegante pela vidraça.
Por quantas impossíveis
geografias
Ainda permaneceremos
exilados na fronteira do equívoco
Mesmo nos sabendo
vizinhos de terras
devolutas?
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Nasci através de mãos
laicas
Fui recebido sem anestesias
E o eco veio inaugurando a
manhã do quarto que chovia
Era a alegria pura, sem
precedentes ou expectativas
Era a saúde empírica de
toda família
Estou vivo como o vento
das águas revoltas
No necessário
desassossego de minha
natureza.
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A lucidez me vem como
gota amarga
Se molha a porção que
escorre da naturezas dos
telhados
O líquido que sorvo é incolor
inodoro e insípido
Mas nunca é agua pura.
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Trago no dom o
insustentável traço da sina
De ser eu mesmo a letra que me aniquila.
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Meu texto é veículo de
busca
Não esteta da língua que me
decifra
E expõe ao exílio
No vasto latifúndio baldio da América do Sul.


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